14.10.13

Azevedo

































Uma dinâmica muito própria envolve o cotidiano com várias qualidades de experiência, pensamento, visão e atitudes materiais. Poesia arquiteta interior.

Clica na imagem para ver maior.

31.7.13

Valente



O Valente foi a minha primeira imersão numa obra na qual tive responsabilidade da raiz ao topete. Ela se compôs de um fazer ampliado:


- procurar o imóvel, negociar e comprar;
- projetar as transformações, definir as  atualizações pelas quais o imóvel deveria passar;


- executar o projeto com uma pequenina equipe (a escolha dos profissionais também está incluída nos trabalhos);

- habitar é um processo, e transformações acontecem continuamente dentro - de você e do espaço. Fora também, óbvio.

E o Valente, o nosso primeiro apartamento, foi um sucesso em todos os sentidos.

 
Escultura aérea de Renata Sandoval

Estava presente a uma entrevista concedida pelo artista e escritor Nuno Ramos, quando ele disse que o que ele gosta mesmo é de fazer. Ponto.


A sociedade já tem passado um tempo demasiado dentro da cabeça. Mas os últimos acontecimentos nos mostram o interesse de que os estudos e as pesquisas estejam indissociáveis de um ativismo, de um fazer investigativo. De colocar no corpo da cidade o enorme repertório captado em várias fontes para dar corpo ao que se pensa, imagina, intui, sente.



Não me lembro o nome do arquiteto, me perdoe; ele afirmou que arquitetura não é profissão, mas estilo de vida, e a pessoa nasce com isso. Tipo: você não aprende a ser poeta na escola; a poesia está em tudo, e vê quem tem os ouvidos abertos, quem não está dormindo de chapéu, e andando ao mesmo tempo.



E a poesia buzina: profissões arraigadas, corporativismo que depreda, e quer dizer normas: autoritário.  Vivo/desejo as 
ambiências pulsantes,
onde forma é fluxo. E "a alegria é a prova dos nove" (já falou Oswald de Andrade).


O conjunto de comportamentos e conhecimentos é uma invenção do homem, por isso não está acima dele regendo suas opções de vida. Cada um de nós tem o direito ( e o dever ) de crescer e multiplicar 
mundos. 
                                          

16.5.11

Primeiro Romance


 Apresentamos o primeiro romance de Mauricio Salles Vasconcelos, Ela não fuma mais maconha, pelo selo [e] da Editora Annablume, lançado em São Paulo no dia 24 de Maio de 2011.

A fotografia da capa é de Evelyn Müller, com set design de Amélia Loureiro. 




13.4.10

A casa é um corpo sar(r)ado

A casa sempre teve um lugar central em minha vida. E a Terra é a minha casinha querida. A minha casa é a minha mãe. A minha mãe é a Via Lactea. E o meu pai biológico é o Universo. Mas o multiverso é a minha praia, a minha oca, o meu paraíso, a minha pátria, o meu corpo. O meu corpo é o meu mais admirado amigo, e é onde moro atualmente. Acho ele tão perfeito! ("Ele" é o corpo de qualquer humano, tá? De qualquer planeta, sim? De qualquer planta. Um corpo de um animal. De uma pedra.) Lindo como os dedos pegam! A flexibilidade dos braços. Que surpreendente a mão se dirigindo aos pés, os braços se esticando e o momento em que as mãos e os pés se encaixam numa nova unidade! Os efeitos simultaneos e múltiplos que esse enlace causa são cheios de prazer, descobertas e reverberam muito longe! E me levam a admirar, mais uma vez, a potencia criativa do corpo. Dos seres vivos. E das casas.

E por tudo isto eu adoro uma obra. É. Canteiro de obra. Vida como obra.

No Vale da Imaculada Conceição me encantou a casa em processo de Sebastião. Ao mesmo tempo, o que estava acontecendo com ele próprio também se apresentava por causa do seu envolvimento total.
(Clicando em cima da imagem seu tamanho aumenta.) 














Então aí está mais um post, como prometido, sobre um vale sagrado em Piedade dos Gerais. Sagrado por que é autentico.

26.3.10

Viagem

As festas do Natal e do Ano Novo foram passadas em Piedade dos Gerais, numa pequena comunidade que se formou em torno de aparições de Nossa Senhora a partir de 1987. Lá moram meus pais, minha irmã e sobrinhos.

Um detalhe do quarto da minha mãe. 

Meu pai em sua casa, tendo em primeiro plano na foto, uma tuia entalhada por ele mesmo, ao lado de uma interpretação brasuca do icônico Dot Stool de Ame Jacobsen. Abaixo, fotos dele na sua oficina. É lá que ele faz os seus aviões. Mas quem os pinta é a Olímpia, minha irmã.


O casamento dos meus pais é inventado, e em linhas gerais funciona assim: cada um tem a sua moradia, e à noite partilham a mesma cama. E os sonhos. Agora, uma imagem da sala da casa da minha mãe, onde ficamos hospedados. 

  É um pequeno vale, e pode ser considerado um local sagrado sob várias perspectivas, principalmente por causa das vivências ocorridas no lugar até o momento. As minhas pesquisas me levam a associar o que acontece nesse lugar com um movimento planetário chamado de Convergência Harmônica. No Vale da Imaculada Conceição está sendo urdido uma radical atualização do cristianismo. Mesmo eu não tendo nenhum interesse em participar de qualquer religião organizada, me encanta, e me pega inteira, o mistério, a parte mais imensa do que vivemos.


A seguir, o local das aparições, revelações que são feitas em harmonia com o espaço natural, através da vidência de uma mulher de nome Marilda, que tinha doze anos de idade quando os eventos começaram em 1987. Você sabia que a vidência é um direito natural do ser humano? Sinto sempre a presença da brisa mansa nesse local.
 Tenho a intenção de fazer, pelo menos, mais um post sobre esse lugar tão próprio. 

Crédito: a foto do Sr. Zezinho na sua oficina foi tirada por Maria Lúcia C.Loureiro 

24.9.09

As novas profissões para as pessoas novas



Acabei de encontrar uma palavra para usar nas situações onde tenho que informar sobre a minha profissão. E ela pode ser: multistylist. Esta idéia tem trazido a alegria ao ser útil a mim. É claro que nem sempre poderei usá-la, como ontem num cartório, onde em um momento eu escrevi “psicóloga”, e logo depois respondi: “curadora”. E o pior é que, se juntarmos as duas informações, fica parecendo que é curadora holística, da área de saúde mental, o que não é de fato.

Todos nós podemos sentir a alta velocidade e movimentação dos ares contemporâneos que nos fazem adotar atitudes mais fluidas, sentimentos criadores para estarmos inteiros e leves. Já está em vigor uma nova maneira de sentir e de viver, e a gente percebe esta realidade no nosso dia-a-dia quando deixamos a intuição acontecer. Pia Jane Bijkerk  é uma profissional super influente em configurações de lifestyle e design de ambientes, e está falando disso mesmo: clica e veja.


Através do meu trabalho tenho participado dos processos criativos de alguns artistas e designers, e cada vez mais verifico que a invenção está aberta a todos, sem exceção, bastando um click de atitude. E esse click é existencial.



Vocês já ouviram dizer que “ a vida é um mistério a ser vivido, e não um negócio para ser administrado ”?
Me parece que esta afirmação vai totalmente contra a corrente do que se passa na grande maioria dos consultórios de psicologia, pois percebo um mesmo jargão nas pessoas que os freqüentam. Reparo que se diz muito assim: “ estou trabalhando na terapia para administrar esse aspecto da minha vida ”.




E nossas relações vão ficando tão funcionais, não é? Parece tudo um grande escritório.



(Mas vamos continuar olhando/absorvendo esse antídoto eficaz que se encontra na frente dos nossos olhos agora...E se clicar na imagem ela expande.)




Sabe, para mim, ao aceitarmos viver o mistério, ele se abre para nós. Somente assim. Parece óbvio, não é? Mas o tempo todo nós queremos decodificar antes de experimentar, exigimos todas as garantias antes de viver.



Se uma imagem pode valer mais que mil palavras, hoje mostro um pouco da vida de uma artista e designer que faz parte do portfólio Novo Move: Lucia Lou. (Dá um click nessa imagem e acesse a declaração de amor feita pelo filho a ela.)












São alguns takes que tirei do apartamento onde ela mora, na região central de Belo Horizonte.





E assim você me diga: poderia nomear uma única profissão para Lucia Lou? Sim, seria aquela na qual LL ganha o seu sustento. Mas se ela desejar – e aí se encontra o oásis da vida - poderá atuar na direção de arte, como interior stylist, na pintura, movelaria ...







 E o quê mais?




Um lancezinho do seu estúdio, porque estúdio que se preza tem uma forte pinta de oficina.





Com este post o Novo Move inicia uma fase diferente, onde a presença das imagens e a experiência da fotografia certamente vão ampliar o seu expectro. Devo dizer, a atividade de fotograr é novíssima para mim, e nunca antes imaginada, já que nunca tive gosto especial por ela.

E como não sou nenhum Selby, mesmo amando!, incluí algumas fotos tiradas por Lucia Lou das caixas multiuso feitas por ela (a imagem de abertura deste post, inclusive).





     A proposta é pensarmos tudo a partir de uma multidimensionalidade,
     porque assim já são as coisas e os ares de agora.