A pequenina “Mercado”, situada numa das ruas que convergem na Praça da Savassi em Belo Horizonte, bem ao gosto local, aprecia tecnologia de ponta, mas faz o tipo simples. Por ser uma cidade recente, nascida de um projeto arquitetônico, essas realidades refletem no seu habitante. Para um consumidor que valoriza o estar à vontade é interessante uma loja que invista mais no mix de criadores que expõe, e de uma forma singela de apresentação, propiciar acesso às informações que vêm deles. Sem carão, porque ninguém é obrigado, entende?
Aberta em 2004, tendo como mobiliário aqueles containeres de madeira usados nos mercados, e uma saúde empresarial invejável, esta lojinha pode muito facilmente passar despercebida pelo transeunte, mas não pelo flâneur. Supre de novidade tanto as produtoras de moda em seus editoriais, como atende a uma clientela sem idade e sem classe social que procura vanguarda.
Aberta em 2004, tendo como mobiliário aqueles containeres de madeira usados nos mercados, e uma saúde empresarial invejável, esta lojinha pode muito facilmente passar despercebida pelo transeunte, mas não pelo flâneur. Supre de novidade tanto as produtoras de moda em seus editoriais, como atende a uma clientela sem idade e sem classe social que procura vanguarda.
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Poderíamos dizer que Sílvia e Marcela vendem frescor. Trabalham com novíssimos estilistas que não podem oferecer grade, reposição e qualidade de acabamento em seus produtos, mas oferecem o inédito e o experimental. Para manter a chama acesa do espírito da casa são necessárias renovações constantes do estoque, uma relação aberta, com ouvido afinado para pesquisa em tempo integral junto ao cliente e aos fornecedores, incluindo viagens incessantes para o Rio de Janeiro e São Paulo.
Muito interessante é o garimpo que fazem nas pronta-entregas da Grande BH, um dos principais pólos de confecções com comércio atacadista do Brasil. Esse projeto de hibridismos estéticos é oferecido como uma prestação de serviço à sua cliente, sendo muito bem recebido por ela. O nome “Mercado” estampado num pedaço de chita vai por cima da marca original das peças recolhidas através da indicação de seu olhar muito particular. Uma espécie de curadoria faz itens anônimos ganharem vida muito nova nas araras desse micro lab-loja.
Muito interessante é o garimpo que fazem nas pronta-entregas da Grande BH, um dos principais pólos de confecções com comércio atacadista do Brasil. Esse projeto de hibridismos estéticos é oferecido como uma prestação de serviço à sua cliente, sendo muito bem recebido por ela. O nome “Mercado” estampado num pedaço de chita vai por cima da marca original das peças recolhidas através da indicação de seu olhar muito particular. Uma espécie de curadoria faz itens anônimos ganharem vida muito nova nas araras desse micro lab-loja.
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As meninas adotaram ainda mecanismos muito próprios que lhes permitem viver a rotina do cotidiano da loja com o seu jeito único, como pequenos cartazes com avisos das saídas rápidas e de "seja bem-vindo" quando a loja está atendendo. São peças de comunicação na medida para lhes garantir liberdade, singularidade e faturamento, claro! Existem ainda as bijoux e uma pequena produção de peças de vestir que são feitas por elas, dando o toque final ao mix muito particular.
Desde a década de 1990 vem acontecendo um movimento de renovação nos pontos de venda que comercializam várias marcas, com a emergência de novos conceitos para este tipo de negócio. A loja multimarca que antes colocava em evidência os seus fornecedores sem apresentar uma idéia acerca desse conjunto, hoje pode fazer do seu ponto de venda a sua marca própria. Ao descobrir sentidos para o mix que oferece, abre também a oportunidade para criar propostas de comportamentos que podem ser percebidas e desejadas pelo cliente.
Com o surgimento do que pode ser chamado de “objeto de design brasileiro”, a moda aí incluída, tornou-se necessária a criação do seu espaço de veiculação. Pontos de vendas com projetos inéditos e arrojados nascem para apresentar idéias e sentidos de vida, ou lifestyles, através do seu casting de selos e designers, conectando ambiências antes díspares como moda, gastronomia e galeria de arte; mercado, moda, arquitetura, e tantas outras!
BH - 2005
Desde a década de 1990 vem acontecendo um movimento de renovação nos pontos de venda que comercializam várias marcas, com a emergência de novos conceitos para este tipo de negócio. A loja multimarca que antes colocava em evidência os seus fornecedores sem apresentar uma idéia acerca desse conjunto, hoje pode fazer do seu ponto de venda a sua marca própria. Ao descobrir sentidos para o mix que oferece, abre também a oportunidade para criar propostas de comportamentos que podem ser percebidas e desejadas pelo cliente.
Com o surgimento do que pode ser chamado de “objeto de design brasileiro”, a moda aí incluída, tornou-se necessária a criação do seu espaço de veiculação. Pontos de vendas com projetos inéditos e arrojados nascem para apresentar idéias e sentidos de vida, ou lifestyles, através do seu casting de selos e designers, conectando ambiências antes díspares como moda, gastronomia e galeria de arte; mercado, moda, arquitetura, e tantas outras!
BH - 2005
Crédito da foto: Caixa de Mantimentos; objeto e foto de Lúcia Lou